O Programa Infância, Adolescência e Juventudes (PIAJ) foi desenvolvido com o objetivo de assistir às múltiplas juventudes do território da diocese de Tianguá, tanto em áreas periféricas do meio urbano, como em áreas rurais. Buscamos realizar um processo de (re)construção da troca de conhecimentos e fortalecimento de grupos e coletivos de juventudes existentes e/ou em desenvolvimento, unificando as expressões juvenis em prol da conquista de espaço e voz, bem como em discussões referentes a necessidade de políticas públicas voltadas para as juventudes.

Além disso, realizamos o acompanhamento de três grupos produtivos, que buscam maior independência financeira dos jovens, processos realizados com todo o suporte técnico necessário para sua execução, desenvolvendo atividades baseadas nos conceitos de agroecologia e economia solidária, bem como cursos de formação aprimorando os conhecimentos referentes à incidência política e comunicação popular.

Os referidos grupos produtivos são a Escola Família Agrícola (EFA) Ibiapaba, localizada no Assentamento Nova Esperança, Tianguá (CE), na qual é desenvolvido pelos alunos a estampa de canecas e squeezers, atividade paralisada durante o ano de 2020 devido a pandemia que impediu o desenvolvimento remoto da atividade produtiva, considerando que seus alunos são de diversas localidades. A Pastoral da Juventude Rural (PJR), localizada no Assentamento Santa Madalena, Tianguá (CE), na qual desenvolvemos um canteiro produtivo com os jovens e suas famílias, apesar das dificuldades conseguimos retomar a produção no mês de novembro de 2020, bem como visitas mensais de acompanhamento. E o grupo Jovens Aprendizes em Ação (JAPA), localizado na comunidade Volta dos Almeidas, Granja (CE), no qual realizamos a construção de um galinheiro, também desenvolvido e mantido pelos jovens da comunidade e suas famílias, retomando as atividades em setembro de 2020. Cabendo destacar que, as visitas de campo seguiram todos os protocolos de segurança recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), bem como o processo de retomada municipal.

O custeio das atividades produtivas é realizado a partir do Fundo Rotativo Solidário (FRS), que consiste em um auxílio direcionado aos grupos produtivos para investimento e, posteriormente, após a consolidação da atividade produtiva, parte dos lucros devem ser acumulados para a devolutiva de 25% do valor recebido, recurso que será direcionado para o desenvolvimento de atividades produtivas em outras comunidades, permitindo maior abrangência de desenvolvimento e independência das juventudes, sobretudo em áreas rurais, permitindo a construção de um novo olhar da região que vivem, percebendo e aprimorando suas potencialidades.